Qual a opção mais higiênica? Após lavar as mãos em banheiros públicos, secar com toalhas de papel ou com secadores de ar quente?
Mantendo a higiene no banheiro
Que é importante lavar bem as mãos após ir ao banheiro, muitos de nós já entendemos. Ainda mais com a pandemia da COVID-19, o ato de manter uma boa higiene e lavar bem as mãos ficou ainda mais em foco, como forma de controlar a propagação de vírus, bactérias e até mesmo controlar o risco de possíveis infecções.
Mas e na hora de secar as mãos? Normalmente não damos tanta importância para esta etapa, mas será que há diferença entre secá-las com o papel toalha ou com os jatos de ar quente dos secadores?
Secadores de ar quente
Os secadores de ar quente nem sempre são a opção favorita das pessoas, principalmente por não secarem completamente as mãos ou por demorarem demais para secá-las, deixando a sensação de que ainda estão úmidas mesmo após os jatos quentes fazerem seu trabalho.
Os secadores funcionam sugando o ar ao redor, aquecendo-o e direcionando-o em formato de jato, e exatamente por isso não são considerados muito higiênicos por alguns cientistas e estudiosos, uma vez que o ar do banheiro pode conter diversos germes, bactérias e até mesmo coliformes fecais, de forma que os secadores de ar quente podem acabar espalhando-os ainda mais pelo ambiente e direcionando-os para as mão recém lavadas de quem sai do local.
Um outro ponto é que muitas pessoas não lavam suas mãos de uma maneira satisfatória, fazendo com que os jatos de ar liberados pelos secadores espalhem as bactérias presentes nas mãos destas pessoas para o resto do ambiente, fazendo com que o banheiro em questão possua ainda mais microrganismos espalhados.
Também entra na equação a posição do secador dentro do banheiro, se ele fica próximo a pia, por exemplo, pode estar aumentando a presença e possível proliferação de microrganismos no próprio local em que lavamos as mãos. Enquanto se fica muito próximo dos vasos sanitários, pode estar puxando as bactérias ali presentes e direcionando-as para as mãos de quem está saindo do banheiro.
Por último, mais um ponto a ser pensado, é que como muitas pessoas não esperam o tempo necessário para que o secador realize a tarefa de secar completamente suas mãos, acabam saindo com as mãos ainda úmidas do banheiro, e ambientes úmidos e um pouco aquecidos, são perfeitos para a proliferação e para o transporte de bactérias e microrganismos no geral para outros locais.
Papel toalha
Por sua vez, o papel toalha não costuma apresentar o mesmo problema dos secadores de ar quente de espalhar bactérias e vírus pelo ambiente, podendo até mesmo ajudar na sua retirada mecânica das mãos das pessoas. Por causa disso, podem inclusive, deixar o ambiente do banheiro como um todo mais higiênico, principalmente se for realizado o descarte correto do papel utilizado em uma lixeira, deixando o ambiente mais limpo ao não espalhar microorganismos por ele.
Alguns hospitais e centros de saúde europeus já decretaram o uso exclusivamente de papel toalha em seus banheiros, por se tratarem de locais que necessitam de um maior nível de limpeza e da erradicação do máximo de microrganismos possíveis.
Mas será que a dúvida entre utilizar secadores de ar quente ou papel toalha para secar as mãos fora de casa se resume apenas ao fator da higiene?
E o lado ambiental da questão?
Além da questão da higiene, há também a preocupação ambiental. Quando os secadores de ar quente surgiram, muitas pessoas acharam que eles seriam uma melhor opção por não gerarem os resíduos sólidos que o papel toalha gera, uma vez que não há o descarte de nenhum material após a secagem das mãos, além da questão do desmatamento que ocorre para a geração do papel toalha.
Porém e a energia gasta com os secadores de ar quente, e as fontes de energia utilizadas para que o equipamento funcione? Será que são sempre fontes renováveis? E os materiais necessários para sua manutenção, como fica esta equação?
De acordo com alguns pesquisadores, as folhas de papel toalha geram uma maior pegada de carbono – uma espécie de “rastro” ambiental que deixamos no planeta com nossas ações, quando em comparação com os secadores de ar quente mais modernos e de tecnologia mais avançada.
Porém nem sempre são os modelos que encontramos por aí, e há de se levar em conta que o estudo que comprovou esta maior pegada de carbono causada pelo papel toalha foi produzido a pedido de uma das maiores empresas que vendem secadores de ar quente no mercado, então há sempre a possibilidade de que tenha ocorrido um certo interesse por trás de tais resultados.
Mas então, afinal, qual a melhor opção?
Primeiramente, antes de nos preocuparmos com o método de secagem, seria importante realizar a lavagem das mãos da maneira correta, ensaboando-as por tempo suficiente e fazendo os movimentos necessários para higienizar entre os dedos, incluindo o polegar opositor e abaixo das unhas caso haja espaço.
Em relação a escolha entre o papel toalha ou o secador de ar quente, por mais que não haja uma resposta certa ou errada para esta pergunta, pode-se dizer que o papel toalha tem um desempenho melhor quando o assunto é higiene e a não propagação de possíveis infecções. Porém há também o lado ambiental da questão, que pode acabar apontando para o secador de ar quente como sendo o mais responsável ambientalmente.
Há quem faça a escolha dependendo do lugar onde estiver, secando com papel toalha quando está prestes a fazer uma refeição ou em algum local de alto contágio, como hospitais e clínicas da área da saúde, e deixando os secadores de ar quente para outros momentos, lembrando sempre de esperar com que eles sequem completamente as mãos antes de sair do banheiro.
Portanto, acaba sendo uma escolha individual a ser feita, após ler todas estas informações, qual você escolherá quando se encontrar com estas duas opções?