Como O HIV Teve Seu Início?
O vírus da Aids, Síndrome da imunodeficiência adquirida ou SIDA, foi reconhecido no início nos anos 80 por pesquisadores americanos, acredita-se que tenha sido de origem africana por se assemelhar ao vírus de imunodeficiência entre macacos.
Em regiões da África, atualmente, na África subsaariana é o local com maior número de infectados.
No Brasil, o número de homens infectados é o dobro do de mulheres. As taxas de casos detectados pelo SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação estão decrescendo moderavelmente nos últimos 5 anos. Em 2020 foram 3.052 casos.
E a taxa de casos detectados entre jovens está diminuindo mais abruptamente se comparado entre adultos. O vírus da Aids é um retro vírus, conhecido por HIV, vírus da imunodeficiência humana, ele possui seu material genético, RNA, em forma de uma única fita que está contida dentro de um capsídeo.
Os vírus não são considerados, por muitos cientistas, como seres vivos, pelos seguintes motivos: não possuem metabolismo próprio, dependem do organismo que invadem para conseguir produzir proteínas e se multiplicar, sozinhos estão inativos; em segundo lugar, eles possuem um tamanha muito pequeno, são considerados partículas.
O RNA é uma espécie de material genético que está em uma única fita, mais simples que o DNA que possui fita dupla.
Para fazer a sua reprodução o vírus depende do maquinário da célula que o está hospedando. O vírus da Aids, tem afinidade em invadir células do sistema imunológico, mais precisamente linfócitos CD4, quando se reproduzem rompem esses linfócitos que possuem a característica de defesa contra outros invasores.
Se a infecção não for tratada e controlada, o indivíduo terá a replicação viral acentuada e irá desenvolver a Síndrome da imunodeficiência adquirida, AIDS, ficando com a imunidade muito baixa.
A Aids em si não causa a morte, mas a síndrome gerado pelo vírus deixa o organismo fraco diante invasores, até mesmo uma doença respiratória de combate simples em pacientes não infectados, pode gerar sérias complicações e levar ao óbito.
Países de baixo desenvolvimento humano, possuem poucas condições de suporte para os soropositivos, causando uma epidemia que atingem idosos, adultos, homens, mulheres e crianças.
Como É A Sua Transmissão?
O retrovírus é transmitido, principalmente por vias sexuais e o contato com sangue de pessoas contaminadas, pode passar de mãe para filho durante o parto e também durante a amamentação.
Por esse motivo deve se fazer o acompanhamento médico sempre, durante toda a gestação e processo de parto e pôs parto.
O uso de objetos como agulhas e acessórios para consumo de drogas também pode estar contaminado com o vírus e infectar outras pessoas que os compartilham.
Já Existe Cura Para AIDS?
O HIV não tem cura, no Brasil o SUS disponibiliza os medicamentos para o controle da doença. Trata-se de uma série de medicamentos antirretrovirais combinados, o TARV, em torno de 22 medicamentos, a fundação Oswaldo Cruz está à frente de pesquisas e produções relacionadas a doença e o Brasil tornou-se referência nesse combate, exportando medicamentos e tecnologia para muitos países necessitados.
É preciso esclarecer que o coquetel não cura a Aids ele apenas tenta controlar a replicação viral para que não haja destruição dos linfócitos e a imunodeficiência ocorra.
Testes Rápidos Para O Diagnóstico do HIV
Os testes para detecção do HIV estão em evolução contínua. Atualmente, o SUS tem à disposição testes rápidos disponíveis também nas UBS.
São feitos com base na reação de antígeno anticorpo da seguinte maneira: É utilizada uma placa, chamada de cassete, composta por três orifícios, que laboratorialmente são chamados de poços.
Coleta-se uma amostra de sangue do paciente que será homogeneizada comum solução especifica de diluição.
A coleta é atreves de punção digital com lanceta, como no exame rápido medidor de diabetes. Após essa coleta e homogeneização com o reagente, coloca uma gota desse composto no primeiro poço do cassete, após isso, espera-se o teste ficar pronto para adicionar a solução tampão de corrida.
Quando o teste zerar o visor, ou seja, não estiver marcando nada na leitura, será o momento de colocar a solução tampão de corrida no poço correspondente. Após acrescentá-la observasse o resultado.
Na fita o antígeno anti-hiv 1 e 2 permanece inerte, o anticorpo da amostra ira se ligar ao antígeno da fita e por fim o revelador irá se ligar ao complexo antígeno anticorpo e ao reagente de controle para tornar visível o resultado.
O resultado é lido da seguinte forma:
Um risco no visor de leitura é negativo, não reagente;
Dois riscos é positivo, reagente.
Existem algumas variações de testes rápidos que dispensam a diluição ou são feitos diretamente nas fitas reagentes. Mas, seguindo o mesmo princípio por base.
Os testes detectam variante HIV 1 e HIV2. Os antígenos irão se ligar aos anticorpos anti HIV presentes na amostra que irão formar uma fita no visor acima da letra T caracterizando o teste positivo, a fita formada acima da letra C caracteriza o controle de qualidade do teste realizado.
Se nenhuma fita se formar é necessário realizar o teste novamente. Usa-se a denominação soro positivo para o paciente que testa positivo para vírus da Aids.
Como São Os Sinais?
Os primeiros sinais de infecção pelo HIV podem demorar até um mês para aparecerem, pois estará na chamada janela imunológica, e os testes podem ter resultado falso negativo, após isso, o organismo começará a apresentar reações e a ficar frágil para doenças que seriam facilmente combatidas como a candidíase, por exemplo. Se não for feito o diagnóstico pode desenvolver a Aids.
O melhor caminho é a conscientização e prevenção, utilizando métodos de proteção sexual, não compartilhando objetos perfuro-cortantes e garantindo o acesso ao tratamento e controle de doença aos infectados.
Companhas como a do dezembro vermelho estão sendo estabelecidas com o objetivo de veicular informações sobre infecções sexualmente transmissíveis.
Atualmente a grande maioria dos soropositivos estão controlados em estado não detectável de carga viral não transmissível, graças as campanhas feitas e a adesão ao tratamento.
Existe também a profilaxia de emergência para aqueles que tiveram um contato de risco conhecida como profilaxia pós-exposição ou PEP, em até 72 horas deve ser iniciado o tratamento de urgência e o caso deve ser acompanhado por, no mínimo 28 dias.