Artrose na coluna, também conhecida como espondiloartrose, é uma condição degenerativa na qual o paciente apresenta sintomas como dores nas costas e pescoço, rigidez articular e pode, inclusive, ficar com a mobilidade geral comprometida.
Diante disso, o diagnóstico e o tratamento da doença são fatores essenciais, que visam, principalmente, reduzir a progressão do quadro e as suas consequências.
Sintoma | Descrição |
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Dor na Coluna Vertebral | Dor nas articulações, que pode ser leve a grave e pode ir e vir. |
Rigidez na coluna | Sensação de rigidez na coluna, que pode ser pior pela manhã. |
Limitação de movimento | Inchaço das articulações, que pode ser acompanhado de vermelhidão e calor. |
Fadiga | Cansaço extremo e falta de energia. |
Perda de peso | Perda de peso inexplicável. |
Inflamação | Inflamação das articulações, que pode causar dor, inchaço e rigidez. |
O que é?
A artrose na coluna também é denominada espondiloartrose ou, ainda, osteoartrite da coluna. Ela é caracterizada por uma progressiva degeneração da cartilagem articular que pode ser decorrente de diferentes causas. Mas, dentre as principais, destaca-se o desgaste natural ocasionado durante o envelhecimento.
Em termos anatômico-fisiológicos o que acontece é que a cartilagem, responsável por amenizar atrito e impacto no espaço articular, é perdida gradualmente.
Consequentemente, inicia-se um processo inflamatório que, a longo prazo, contribui para o comprometimento de outros elementos como os ossos, os ligamentos e os músculos relacionados à articulação.
Em relação aos indivíduos com maior predisposição a desenvolver a artrose na coluna estão os idosos. Mas existem outros grupos que apresentam risco aumentado para a patologia. São os atletas e as pessoas que trabalham constantemente carregando peso ou exercendo sobrecarga excessiva sobre a região da coluna.
Porém, mesmo sendo mais recorrente nos perfis indicados acima, vale salientar que a espondiloartrose pode acometer quaisquer indivíduos, independente de idade e atividades desenvolvidas, afinal, sua etiologia é multifatorial.
Outra questão relevante é que embora a doença seja mais frequente na coluna cervical e lombar, ela pode surgir na torácica e sacral também. O motivo principal para a maior possibilidade de desenvolvimento nas duas primeiras áreas decorre da grande mobilidade que apresentam, o que favorece a degeneração da cartilagem.
Causas comuns
Dentre as causas mais comuns para a artrose na coluna destaca-se o processo degenerativo natural associado ao envelhecimento de todo o corpo humano. Portanto, a idade é um fator de risco significativo para o surgimento da doença.
Além dele, outros aspectos que devem ser levados em consideração porque predispõe à espondiloartrose são:
- Características genéticas;
- sobrepeso e obesidade;
- sedentarismo;
- realização de exercícios físicos de maneira incorreta;
- prática física em excesso;
- má postura na execução de atividades do dia a dia;
- traumas na coluna vertebral;
- presença de doenças reumatológicas e/ou infecciosas.
Enfim, uma vez que são diversos os motivos, deve-se estar atento aos sintomas associados à artrose na coluna e buscar o diagnóstico clínico, pois sem tratamento ela torna-se crônica e debilitante.
Causa | Descrição |
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Genética | Certas mutações genéticas podem aumentar o risco de desenvolver espondiloartrite. |
Infecções | Certas infecções, como bacterianas ou virais, podem desencadear uma resposta autoimune que leva à espondiloartrite. |
Fatores Ambientais | A exposição a certos fatores ambientais, como fumar, pode aumentar o risco de desenvolver espondiloartrite. |
Hormônios | Mudanças nos hormônios, como durante a gravidez, podem desencadear uma resposta autoimune que leva à espondiloartrite. |
Medicamentos | Certos medicamentos, como anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), podem desencadear uma resposta autoimune que leva à espondiloartrite. |
Outros tipos de Espondiloartrite – Inflamação na Coluna
Espondiloartrite é uma família de condições que podem causar dor e rigidez nas articulações e ligamentos da coluna vertebral. A forma mais comum é a espondilite anquilosante, que pode levar a uma postura curvada à medida que as articulações e os ossos da coluna se fundem.
Outros tipos de espondiloartrite incluem espondilite anquilosante, artrite reativa, artrite psoriática e artrite enteropática.
- Espondilite Anquilosante: Esta é a forma mais comum de espondiloartrite. Causa dor e rigidez nas articulações e ligamentos da coluna, o que pode levar a uma postura curvada à medida que as articulações e os ossos da coluna se fundem.
- Artrite reativa: esse tipo de espondiloartrite é desencadeado por uma infecção do intestino ou do trato urinário. Pode causar conjuntivite, erupção cutânea, úlceras orais, inflamação do trato urinário e artrite.
- Artrite psoriática: Este tipo de espondiloartrite está associado à psoríase, condição da pele. Causa dor nas articulações, rigidez e inchaço nas mãos, pés e coluna vertebral.
- Artrite enteropática: Este tipo de espondiloartrite está relacionado a doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e colite ulcerativa. Pode causar inflamação em alguma parte do trato digestivo.
Diagnóstico
Durante a consulta inicial, o médico realiza a anamnese associada ao exame físico. A partir disto, identifica os sintomas apresentados, o histórico clínico e os hábitos de vida do paciente.
Como a dor é um dos principais sintomas dessa patologia, são verificados os pontos nos quais ela ocorre, bem como sua intensidade e fatores agravantes e atenuantes, dentre outras características relacionadas.
Na sequência, o médico costuma pedir alguns exames de imagem, como raio-X, ressonância magnética e tomografia computadorizada, a fim de observar a situação anatômica da coluna vertebral e identificar em qual estágio a artrose se encontra.
Exame | Descrição |
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Raio X | Avaliam alinhamento vertebral, alterações nas articulações, inflamação e outras anormalidades. |
Tomografia Computadorizada | Podem fornecer imagens detalhadas dos ossos, articulações e tecidos circundantes. Avaliam alinhamento vertebral, afastam fraturas ou lesões ortopédicas. Não avaliam partes moles com a mesma precisão da ressonância magnética. |
Ressonância Magnética | Fornecem imagens detalhadas dos ossos, articulações e tecidos circundantes. Avalia lesões ortopédicas na coluna vertebral, avalia sinais de artrose interfacetária, alinhamento. Avalia disco intervertebral para sinais de abaulamento, protrusão ou hérnia de disco. Avalia musculatura local. |
Exames de sangue | Exames de sangue podem ser usados para detectar inflamação e outras anormalidades. Afastam patologias autoimunes e reumatológicas, como sacroileíte. |
Exames de urina | Exames de urina podem ser usados para detectar inflamação e outras anormalidades. Úteis para avaliar perda de cálcio na urina, sinais infecciosos. |
Caso haja a suspeita de outras patologias associadas à espondiloartrose, o clínico pede também outros exames, em geral sanguíneos, que detectam marcadores biológicos para doenças reumatológicas ou infecciosas, por exemplo.
Uma vez que a artrose é diagnosticada, a etapa seguinte é a escolha do melhor tratamento para a situação específica do paciente.
Sintomas de artrose na coluna
De maneira geral, os sintomas principais da artrose na coluna são dor, rigidez articular e perda gradual da mobilidade na região acometida e suas proximidades.
Por exemplo, no caso de uma artrose lombar, é comum que além da coluna, os quadris, as pernas e até mesmo os pés sejam comprometidos. Já no caso da artrose cervical, pescoço, ombros, costas e braços podem ser afetados além da própria região das vértebras cervicais.
Porém, os sintomas podem ser mais detalhados, conforme fazemos na sequência:
- sensação de dormência na região da coluna e partes anatômicas associadas a ela;
- irradiação da dor para áreas adjacentes;
- aumento da dor com a realização de movimento;
- aumento da rigidez articular com o repouso prolongado;
- estalos quando há movimentação da articulação;
- rigidez articular.
Em relação ao último elemento citado, ele ocorre quando há a formação de bicos de papagaio nos ossos da articulação acometida. Ou seja, o organismo ao se adaptar ao processo inflamatório gera novas formações ósseas, os osteófitos que conferem dureza à área.
Citamos ainda mais um exemplo de patologia que pode surgir devido a danos nos elementos relacionados à articulação: a hérnia de disco. Assim como os ossos podem ser afetados, os discos intervertebrais também podem.
Nessas situações, há, diversas vezes, um agravamento do quadro doloroso, pois tanto os osteófitos como os discos intervertebrais modificados acabam comprimindo nervos e desencadeando neuralgias.
Diante da variedade de sintomas, portanto, é preciso prestar atenção ao que acontece no corpo e detalhar o máximo possível durante a consulta para a obtenção do diagnóstico.
Tratamento
Além disso, destacamos que para evitar o sobrepeso e o excesso de carga sobre a coluna vertebral, prevenindo o surgimento ou a evolução da artrose na coluna, recomenda-se uma dieta balanceada e rica
Os tratamentos indicados para a artrose na coluna visam minimizar as dores e limitar a progressão da doença. Porém, não é possível curar uma espondiloartrose. O ideal, portanto, é prevenir ao máximo o seu surgimento, bem como a sua evolução.
Uma abordagem multidisciplinar é a mais adequada e compõem-se, normalmente, de intervenção clínica, farmacológica e fisioterapêutica, no mínimo.
Em relação aos medicamentos mais frequentemente utilizados, citamos os anti-inflamatórios não esteroidais, os analgésicos e os anestésicos injetáveis. O objetivo, com o uso dos mesmos é reduzir a inflamação e a dor.
Já a fisioterapia é a responsável por, além de minimizar o quadro doloroso, reduzir espasmos, promover o fortalecimento muscular e minimizar a rigidez na articulação.
Como resultados, aumenta-se a mobilidade geral e promove-se um realinhamento postural, muitas vezes perdido devido aos danos ocasionados ao longo da inflamação e degeneração.
Vou precisar de Cirurgia?
Vale salientar que embora não seja o método de escolha mais recorrente, em algumas situações pode ser necessária a cirurgia. Porém, apenas quando a osteoartrite já evoluiu bastante e ocasionou deformações articulares e comprometimento de nervos, limitando gravemente a funcionalidade do paciente.
Importância dos Exercícios
Finalmente, ressaltamos que a prática de exercícios físicos é frequentemente indicada aos pacientes com espondiloartrose, principalmente as que envolvem pouco impacto como natação, hidroginástica e musculação.
Assim como tratamentos alternativos como acupuntura, pilates, yoga, etc. promovem relaxamento e aumento do bem-estar.
Fisioterapia na reabilitação de Espondiloartrose
Etapa | Descrição |
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Avaliação | Avalia a postura e sintomas do paciente e realiza um plano de tratamento com base nas necessidades. |
Exercício | O exercício regular é importante para manter a força, a flexibilidade e a amplitude de movimento da coluna. Orientações sobre exercícios e alongamentos apropriados para ajudar a reduzir a dor e melhorar a mobilidade. |
Terapia manual | Técnicas de terapia manual, como massagem de tecidos moles, mobilização articular e manipulação, podem ajudar a reduzir a dor e melhorar a mobilidade na coluna. |
Treinamento Postural | Má postura pode levar ao aumento da dor e diminuição da mobilidade na coluna vertebral. Os fisioterapeutas podem fornecer orientações sobre postura e mecânica corporal adequadas para ajudar a reduzir a dor e melhorar a mobilidade. |
Terapia de calor/frio | Reduz a dor e a inflamação na coluna vertebral. Os fisioterapeutas podem fornecer orientação sobre o uso apropriado da terapia de calor e frio. |
Estimulação Elétrica | A estimulação elétrica (TENS) pode ser usada para reduzir a dor e melhorar a função muscular na coluna vertebral. Os fisioterapeutas podem fornecer orientações sobre o uso apropriado da estimulação elétrica. |
Educação | Orientação sobre postura adequada, mecânica corporal e modificações no estilo de vida para ajudar a reduzir a dor e melhorar a mobilidade. |
Prognóstico
Prognóstico | Descrição |
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Perspectiva de longo prazo | A maioria das pessoas com espondiloartrite pode esperar ter uma condição controlável de longo prazo. |
Opções de tratamento | As opções de tratamento para espondiloartrite incluem medicamentos, fisioterapia e mudanças no estilo de vida. |
Complicações | As complicações da espondiloartrite podem incluir danos nas articulações, deformidade da coluna vertebral e espondilite anquilosante. |
Resultado | O resultado da espondiloartrite pode variar de pessoa para pessoa, mas a maioria das pessoas pode esperar ter uma boa qualidade de vida com o tratamento adequado. |
Mudanças de Estilo de Vida para prevenção
Modificações comportamentais podem ser usadas para reduzir a dor e outros efeitos adversos da espondilite anquilosante sem o uso de medicamentos ou cirurgia. Essas modificações incluem:
- Exercícios frequentes: fisioterapia e exercícios em casa podem melhorar a saúde das articulações e do coração. O alongamento pode ajudar a evitar que a coluna fique rígida em uma posição estranha.
- Pare de fumar: fumar pode acelerar a fusão das vértebras (sobrecarga mecânica e degenerativa) na coluna.
- Mantenha uma postura adequada: uma boa postura pode evitar o alargamento da coluna causado pela postura curvada.