Fatos importantes
- A agorafobia é um transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo intenso de certas situações e lugares.
- Pessoas com agorafobia podem ter medo de sair de casa e podem sentir medo intenso ou desconforto em multidões, espaços abertos ou áreas confinadas.
- Sintomas comuns de agorafobia incluem falta de ar, tontura, coração acelerado e medo de morrer.
- As opções de tratamento para agorafobia podem incluir psicoterapia, farmacoterapia e mudanças no estilo de vida.
Introdução
A agorafobia é um transtorno de ansiedade caracterizado por medo intenso e evitação de situações que podem levar a sentimentos de desamparo, pânico ou embaraço. Muitas vezes, isso inclui medo de estar em locais fechados, públicos, lotados, abertos ou distantes de casa.
A agorafobia pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e pode ser extremamente angustiante.
As pessoas com agorafobia geralmente se sentem desamparadas e presas e podem ter ataques de pânico, falta de ar, dor no peito e tontura quando expostas à situação temida.
Em casos graves, eles podem ficar completamente confinados em casa ou em um ambiente em que se sintam seguros.
Felizmente, existem tratamentos eficazes disponíveis. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajuda as pessoas com agorafobia a controlar seu medo e ansiedade, enquanto medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos podem reduzir os sintomas.
Ao receber tratamento adequado, muitas pessoas conseguem levar uma vida plena e produtiva.
Sintomas de agorafobia
A agorafobia pode surgir repentinamente ou se desenvolver gradualmente, geralmente entre os 18 e os 35 anos. É raro que surja após os 40 anos. É uma reação emocional e física ao ser colocado em uma situação específica que desencadeia o medo.
Os sintomas incluem:
- Medo de sair de casa: os agorafóbicos sentem medo extremo, pânico e ansiedade ao sair de casa ou até mesmo ao pensar em sair de casa. Eles podem evitar sair de casa ou sentir-se extremamente ansiosos quando isso acontece.
- Medo de transporte público: os agorafóbicos podem ter medo de usar o transporte público, pois pode ser difícil escapar de um ônibus ou trem lotado. Eles podem ter sentimentos de ansiedade ou pânico quando se envolvem em tais situações.
- Medo de multidões: os agorafóbicos podem ter medo de estar em um lugar lotado, como um shopping ou cinema. Eles podem sentir desconforto ao serem cercados por muitas pessoas e pode haver dificuldade para sair do local.
- Medo de espaços abertos: os agorafóbicos podem ter medo de estar em espaços abertos, como parques ou estacionamentos. Eles podem sentir-se muito ansiosos quando estão em um lugar onde não há muros ou outras barreiras que possam oferecer algum senso de segurança.
- Medo de ficar sozinho em público: os agorafóbicos podem sentir extrema angústia e ansiedade se ficarem sozinhos em um local público. Eles podem sentir-se vulneráveis e temer ser atacados ou humilhados.
- Medo de se sentir preso: agorafóbicos podem ter a sensação de estar presos quando estão em um local público, como em uma loja ou em um avião. Eles podem sentir-se travados no lugar e temer não conseguir escapar.
- Medo de humilhação ou ataques de pânico: os agorafóbicos podem temer ter um ataque de pânico em público ou sentir-se envergonhados ou humilhados na frente de outras pessoas. Eles podem sentir um sentimento de incapacidade e vergonha.
- Evitação de certos lugares: agorafóbicos podem evitar certos lugares ou situações que desencadeiam seu medo e ansiedade. Eles podem se sentir totalmente paralisados quando forçados a encarar esses lugares ou situações.
Sintoma | Descrição |
---|---|
Medo de sair de casa | Temem sair de casa ou de qualquer outro lugar onde se sintam seguros. Tendência a isolamento social, prejuízo nas relações familiares. |
Medo de espaços abertos | Medo intenso de espaços abertos, especialmente em locais públicos (parques, shoppings, escolas, etc). |
Medo de Multidões | Medo intenso (desproporcional) de estar em áreas movimentadas ou em locais públicos. |
Ataques de Pânico | Ataques de pânico (tremor, palpitações) quando estão em locais públicos ou quando estão em situações que consideram ameaçadoras. |
Evitar Situações | Quem tem agorafobia pode se envolver em comportamentos de evitação, como evitar certos tipos de lugares ou atividades. |
Causas comuns de agorafobia
- Medo de ataques de pânico: A agorafobia pode ser causada pelo medo de ter um ataque de pânico em público ou em um local desconhecido. O medo geralmente é desencadeado por um sentimento de perda de controle ou sensação de ansiedade e medo extremos.
- Medo de constrangimento: Pessoas com agorafobia podem ter medo de se envergonhar em público devido a um transtorno de ansiedade ou outro problema de saúde mental. Esta preocupação pode ser exacerbada por sentimentos de insegurança, falta de confiança e vergonha.
- Medo de perder o controle: As pessoas com agorafobia podem ter medo de perder o controle ou enlouquecer em público. Esta preocupação pode estar relacionada a sentimentos de desamparo, desespero ou pânico.
- Medo de ficar preso: A agorafobia pode ser causada pelo medo de ficar preso em uma situação da qual a fuga é difícil ou vergonhoso. Isto pode envolver desde estar preso em um espaço apertado até uma multidão.
- Medo da imprevisibilidade: O medo do desconhecido ou imprevisível pode levar à agorafobia. Esta preocupação pode ser desencadeada por situações e ambientes que não podem ser controlados ou previsíveis.
- Histórico familiar: Pessoas com histórico familiar de ansiedade podem estar em maior risco de desenvolver agorafobia. Isto pode incluir parentes próximos que tiveram problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
- Eventos traumáticos: Eventos traumáticos no passado podem levar alguém a desenvolver agorafobia. Estes eventos podem incluir violência, abuso ou incidentes que causaram sentimentos de medo intenso.
- Ansiedade social: Pessoas com ansiedade social podem ter medo de sair em público e podem desenvolver agorafobia como resultado. A ansiedade social pode ser desencadeada por um sentimento de inadequação ou incapacidade de se conectar com outras pessoas.
Diagnóstico
A agorafobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo de estar em determinados lugares ou situações das quais seria difícil escapar ou onde a ajuda pode não estar disponível no caso de um ataque de pânico. Um diagnóstico de agorafobia geralmente é feito com base no histórico médico, no exame físico e na avaliação psicológica de um indivíduo.
Durante a avaliação, um profissional de saúde mental determinará se o indivíduo atende aos critérios para o diagnóstico de agorafobia de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)
Os critérios incluem medo de: estar em espaços abertos ou fechados; estar em lugares públicos ou multidões; estar em lugares desconhecidos; ou estar fora de casa.
Exame | Descrição |
---|---|
Avaliação Psiquiátrica | Uma avaliação abrangente da saúde mental e funcionamento geral de uma pessoa por um profissional de saúde mental qualificado. |
Terapia Cognitiva Comportamental | Um tipo de psicoterapia que ajuda a pessoa a identificar e mudar padrões de pensamento e comportamentos negativos. |
Terapia de exposição | Um tipo de terapia que envolve a exposição gradual de uma pessoa às situações que ela teme em um ambiente seguro e controlado. |
Teste Neuropsicológico | Uma série de testes que medem habilidades cognitivas, como memória, concentração e resolução de problemas. |
Exame Físico | Um exame físico realizado por um médico para avaliar a saúde geral e procurar quaisquer sintomas físicos que possam estar relacionados à agorafobia. |
Diagnóstico Diferencial de Agorafobia
De acordo com o DSM-5, os diagnósticos diferenciais mais comuns para agorafobia incluem fobia específica, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade social, transtorno de pânico, transtorno de estresse agudo ou transtorno de estresse pós-traumático e transtorno depressivo maior.
- Transtorno de ansiedade social Pessoas com transtorno de ansiedade social experimentam medo e ansiedade extremos em ambientes sociais e ao interagir com outras pessoas. Eles podem evitar locais e situações públicas.
- Transtorno do Pânico O transtorno do pânico é caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados e medo associado de novos ataques. Pessoas com transtorno do pânico podem sentir medo de sair de casa ou de outros lugares seguros.
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado por um padrão de pensamentos e comportamentos intrusivos que causam angústia ou interferem na vida diária. As pessoas com TOC podem ter medo de sair de casa devido ao medo de contaminação.
- Transtorno de ansiedade generalizada Pessoas com transtorno de ansiedade generalizada (TAG) experimentam preocupação persistente e excessiva sobre uma variedade de tópicos e situações que são desproporcionais ao risco real. Isso pode levar ao medo de sair de casa.
- Transtorno de estresse pós-traumático O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é causado pela exposição a um evento traumático e é caracterizado por pensamentos intrusivos, pesadelos e evitação de lembretes do evento. Pessoas com PTSD podem evitar sair de casa devido ao medo de passar por uma experiência traumática semelhante.
- Depressão Pessoas com depressão geralmente apresentam humor deprimido e falta de motivação. Isso pode levar ao isolamento social, o que pode levar ao medo de sair de casa.
- Fobia específica Pessoas com fobias específicas experimentam intenso medo e ansiedade quando expostas a um objeto ou situação específica. Esse medo pode ser tão intenso que eles podem evitar sair de casa para evitar serem expostos ao objeto de seu medo.
- Esquizofrenia Pessoas com esquizofrenia podem experimentar paranóia, delírios e pensamento desorganizado. Isso pode levar ao medo de sair de casa devido ao medo de perseguição ou perigo.
Além disso, é importante ter certeza de que a ansiedade não está sendo causada por um medicamento, abuso ou dependência de drogas, ou uma condição médica.
Um médico pode encaminhar alguém a um psiquiatra ou outro terapeuta especializado em reconhecer e tratar transtornos de ansiedade, incluindo agorafobia.
Possibilidades iniciais de tratamento para agorafobia
Pacientes com transtorno de pânico leve ou moderado, ou agorafobia podem escolher entre psicoterapia e farmacoterapia para alcançar o controle adequado dos sintomas.
O tratamento para agorafobia geralmente começa com terapia cognitivo-comportamental (TCC).
A TCC ajuda a identificar e modificar pensamentos, sentimentos e comportamentos problemáticos associados à agorafobia. Durante a TCC, os indivíduos são expostos às situações que temem de forma controlada e gradual. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e aumentar a disposição do indivíduo para se envolver em atividades fora de sua zona de conforto.
- A TCC geralmente é combinada com a terapia de exposição. Seu terapeuta estabelecerá metas relativamente modestas no início do tratamento, como ir à loja da esquina.
- À medida que você se torna mais confiante, metas mais desafiadoras podem ser definidas, como ir a um grande supermercado ou fazer uma refeição em um restaurante movimentado.
A medicação também é uma opção para ajudar a reduzir os sintomas da agorafobia. Medicamentos anti-ansiedade, como benzodiazepínicos, são os medicamentos mais comumente prescritos para agorafobia. Esses medicamentos destinam-se a ajudar a reduzir a intensidade dos sintomas de ansiedade a curto prazo. No entanto, eles não devem ser usados como uma solução de longo prazo.
Outra opção de tratamento para a agorafobia é a psicoterapia. Esse tipo de terapia ajuda os indivíduos a obter informações sobre as causas subjacentes de sua agorafobia. Através da psicoterapia, um indivíduo pode aprender a reconhecer e gerenciar os gatilhos de sua ansiedade. Além disso, a psicoterapia pode ajudar um indivíduo a criar habilidades de enfrentamento para controlar melhor sua ansiedade.
Você também pode ser lentamente exposto à situação da vida real que causa o medo para ajudá-lo a superá-lo.
Um estilo de vida saudável que inclui exercícios, descanso suficiente e boa nutrição também pode ser útil.
Medicamentos para tratamento de agorafobia
Para pacientes com formas mais graves de agorafobia ou para aqueles que preferem a farmacoterapia à psicoterapia, existem várias opções eficazes para o manejo medicamentoso.
Os inibidores seletivos dos receptores de serotonina (ISRSs) são considerados terapia de primeira linha, com doses terapêuticas iguais às da depressão.
Inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina (SNRIs), antidepressivos tricíclicos (TCAs) e benzodiazepínicos também têm sido alternativas eficazes aos ISRSs no tratamento do transtorno do pânico e da agorafobia.
- Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRIs): Os ISRSs são comumente usados para tratar a agorafobia, aumentando os níveis de serotonina no cérebro, o que pode ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade. Estes medicamentos trabalham aumentando a quantidade de serotonina disponível para os receptores neurais, o que pode ajudar a reduzir o medo e a ansiedade associados à agorafobia.
- Inibidores da monoamina oxidase (MAOIs): Os MAOIs têm sido usados para tratar a agorafobia, bloqueando a quebra de neurotransmissores, como serotonina e norepinefrina, que podem ajudar a reduzir a ansiedade. Estes medicamentos inibem as enzimas monoamina oxidase (MAO), que são responsáveis pela degradação de vários neurotransmissores, incluindo serotonina e norepinefrina, que são neurotransmissores importantes para a regulação da ansiedade.
- Benzodiazepínicos: Os benzodiazepínicos são medicamentos de ação curta que podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade associados à agorafobia, aumentando a atividade do GABA, um neurotransmissor que ajuda a reduzir a ansiedade. Estes medicamentos atuam nos receptores GABA, aumentando a atividade deste neurotransmissor, o que pode ajudar a reduzir a ansiedade associada à agorafobia.
Prevenção
A agorafobia é um distúrbio mental que pode ser bastante debilitante para quem sofre dele. Embora não haja uma maneira conhecida de prevenir a agorafobia, existem alguns métodos que podem ser usados para reduzir a probabilidade de desenvolver esse transtorno de ansiedade.
O primeiro e mais importante passo na prevenção é ficar atento ao seu estado mental e emocional. É importante reconhecer os sinais de ansiedade e tomar medidas para reduzi-la, para que ela não se transforme em um distúrbio total.
Além disso, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde mental se estiver se sentindo sobrecarregado. Também é aconselhável praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda, atenção plena e ioga para reduzir o estresse.
Outra forma de reduzir a probabilidade de desenvolver agorafobia é criar uma rotina regular e cumpri-la. Ter um cronograma definido pode fornecer estrutura e ajudar a reduzir a ansiedade. Além disso, é importante dormir bastante e fazer exercícios, pois ambos são conhecidos por ajudar a reduzir o estresse.
Finalmente, é importante manter um estilo de vida saudável. Alimentar-se de forma saudável, evitar drogas e álcool e participar de atividades que trazem alegria podem ajudar a reduzir a ansiedade e prevenir o aparecimento de agorafobia.
Qual é o prognóstico da agorafobia?
O objetivo do tratamento é ajudá-lo a se sentir e funcionar melhor. O sucesso do tratamento geralmente depende em parte da gravidade da agorafobia. O tratamento geralmente combina terapia de fala com um medicamento.
Certos medicamentos, muitas vezes também usados para tratar a depressão, podem ser úteis para esse distúrbio. Eles funcionam prevenindo seus sintomas ou tornando-os menos graves. Você deve tomar esses medicamentos todos os dias. NÃO pare de tomá-los ou altere a dosagem sem falar com seu médico.
Possíveis Complicações
Algumas pessoas com agorafobia podem:
- Abuso de álcool ou outras drogas enquanto tenta se automedicar.
- Sentir-se incapaz de funcionar no trabalho ou em situações sociais.
- Sentir-se isolado, solitário, deprimido ou suicida.
Perguntas Frequentes sobre Agorafobia
Existem gatilhos para agorafobia?
Passar por um evento estressante, como luto, divórcio ou perda do emprego. Uma história prévia de doenças mentais, como depressão, anorexia nervosa ou bulimia. Outros fatores incluem abuso de álcool ou abuso de drogas, estar em um relacionamento infeliz ou em um relacionamento em que seu parceiro é muito controlador.