Durante a nossa vida entramos em contato com diversos tipos de substâncias. Seja pelas vias aéreas, pela boca, ou pela pele, mesmo que não percebamos, vários tipos de moléculas entram em contato com o nosso corpo, com potencial de causar as mais diversas reações.
Geralmente, é claro, nada acontece. A maioria dessas substâncias não afeta nosso corpo de forma significativa, especialmente nas concentrações em que normalmente as encontramos.
Com os avanços na ciência e na medicina, obtivemos grande conhecimento sobre quais são as concentrações seguras dessas substâncias. Por isso, as moléculas com que entramos em contato tendem a ser seguras.
Em alguns casos, porém, acabamos tendo de entrar em contato com substâncias mais fortes, por diferentes motivos. Por exemplo, para fazer a limpeza da casa, ou por trabalhar em uma indústria química.
Embora precauções sejam tomadas para tornar o uso delas mais seguro, isso nem sempre é o suficiente. Acidentes acontecem, ou há certo desconhecimento sobre o potencial irritativo delas. Com isso, acabamos entrando em contato mais direto com elas por longos períodos, ou com certa frequência.
Quando esse contato ocorre com a pele, é possível que ele resulte na ocorrência de dermatite de contato. A dermatite de contato é uma reação do corpo a essa substância irritante, na forma de uma reação inflamatória.
Sintomas e manifestações clínicas
A dermatite de contato é uma condição cutânea comum caracterizada por inflamação e erupção cutânea causada por irritantes ou alergênicos que entram em contato com a pele. Ela pode ser dividida em dois tipos principais: dermatite de contato irritativa e dermatite de contato alérgica.
Ambos os tipos apresentam erupção cutânea vermelha, seca e pruriginosa. A dermatite de contato irritativa causa ardência e geralmente se limita à área exposta. A dermatite de contato alérgica pode se espalhar além do local de contato e causar vesículas. Ocupações com alto risco, como cabeleireiros e floristas, estão mais susceptíveis.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se no histórico, exame físico e testes. O teste mais específico é o teste de contato, envolvendo a aplicação de alérgenos suspeitos na pele por 48 horas. As reações alérgicas aparecem de 2 a 7 dias depois. Fotografias sequenciais dos locais do teste auxiliam na interpretação.
Teste de Contato
O teste envolve aplicação de alérgenos suspeitos na pele pelas costas do paciente por 48 horas antes da leitura. O paciente deve retornar em 96-120 horas para uma segunda leitura, pois algumas reações podem aparecer tardiamente. A pele deve estar livre de cremes, esteroides tópicos ou radiação UV nos dias prévios ao teste. As reações positivas são classificadas de 1+ a 3+ dependendo do eritema, edema, vesículas e extensão além dos limites de aplicação.
Interpretação de Resultados
Reações positivas precisam ser correlacionadas com a clínica do paciente e história de exposição para determinar relevância. Reações irritativas e falsos positivos podem ocorrer e devem ser considerados. Orientação quanto a rotulagem de produtos, exposições de risco e opções de tratamento devem ser discutidas
Tratamento e prevenção
Evitar irritantes e alérgenos é fundamental. Corticoesteroides tópicos aliviam a inflamação aguda. Nos casos recalcitrantes, corticoesteroides orais de curta duração podem ser necessários. Educar o paciente sobre produtos seguros e fornecer uma lista de compras é essencial para a prevenção. Luvas de proteção reduzem a exposição ocupacional. A dessensibilização ao alérgeno às vezes é uma opção em casos severos.
Porém, existem ótimas opções de tratamento para dermatite de contato, focadas em diminuir a irritação e os danos à pele.
Métodos de tratamento para dermatite de contato
Existem dois tipos principais de dermatite de contato: a irritante e a alérgica. Ambas apresentam sintomas semelhantes, mas a irritante tende a durar menos tempo e ser mais dolorida, enquanto a alérgica tende a durar mais tempo e provocar mais coceira.
Devido às semelhanças entre esses dois tipos, os métodos de tratamento usados para os dois casos tendem a ser semelhantes também.
Evitar e minimizar contato
A principal forma de controlar a dermatite de contato é evitar contato com as substâncias que a causam. Isso implica em evitar o uso dessa substância sempre que possível. Caso não seja possível, deve-se utilizar equipamento protetor adequado, que impeça contato direto com a pele.
Por exemplo, utilizar luvas de borracha é uma boa forma de proteger as mãos e o pulso dessa substância. Porém, roupas de tecido não são necessariamente eficazes para isso, visto que são porosas e permeáveis. Equipamentos impermeáveis e resistentes são a melhor opção.
Deve-se, porém, sempre conferir que estão íntegros antes de usá-los, para que as substâncias não atravessem possíveis partes danificadas.
No caso da dermatite fototóxica, um tipo específico de dermatite de contato irritante, apenas evitar contato com o sol pode ser suficiente em alguns casos.
Caso não tenha sido possível evitar contato com a pele, deve-se lavar o local afetado o mais rápido possível. Quanto mais prolongado for o contato, maior a duração e a intensidade da dermatite, especialmente no caso da dermatite irritante. Porém, lavar rapidamente o local não irá necessariamente prevenir a ocorrência de um episódio de dermatite.
Dica | Detalhes técnicos |
---|---|
Use luvas ao lidar com irritantes como detergentes e produtos de limpeza | Evita o contato direto da pele com substâncias irritantes |
Evite sabonetes antibacterianos e outros produtos muito abrasivos | Evita a disrupção do manto lipídico da pele |
Escolha cosméticos e produtos de higiene pessoal hipoalergênicos quando possível | Evita alérgenos comuns como fragrâncias, conservantes e corantes |
Lave as roupas novas antes de usá-las para remover excesso de corantes e resinas | Evita sensibilização ao formaldeído e corantes reativos |
Identifique e evite alérgenos específicos se desenvolver sintomas de dermatite de contato alérgica | Evita nova exposição após sensibilização |
Mantenha a pele hidratada com o uso regular de emolientes | Melhora a função de barreira da pele |
Buscar minimizar a dor e a coceira
Caso não tenha sido possível evitar a ocorrência de um episódio da dermatite, deve-se buscar minimizar os sintomas da mesma para que ela não cause tanto prejuízo à qualidade de vida. Os principais sintomas são a dor e a coceira.
O manejo da dor consiste no uso de analgésicos, sendo especialmente importante para o caso irritativo. Analgésicos comuns podem ser suficientes, mas deve-se cuidar para não ingeri-los em grandes quantidades ou por longos períodos, para evitar possíveis danos ao fígado ou ao estômago.
Consulte seu médico para saber qual seria a melhor forma para você tomar analgésicos durante esse episódio.
A coceira pode ser tratada com alguns métodos caseiros. Por exemplo, a aplicação de um pano ou gaze com água fria sobre o local pode contribuir para diminuir a coceira. Isso deve ser feito várias vezes ao longo do dia, enquanto a coceira se mantiver.
O uso de acetato de alumínio (na forma do líquido de Bürow) ou outras substâncias que combatam a coceira ou a dermatite também pode ser efetivo para combater a coceira.
Minimizar a coceira contribui não somente para tornar a dermatite mais tolerável como também para evitar o surgimento de complicações. O ato de coçar provoca danos na pele, que já está sensibilizada pela ocorrência da inflamação, o que facilita a ocorrência de infecções bacterianas.
No caso de infecção, deve-se procurar um médico o mais rápido possível, para iniciar o tratamento com antibiótico adequado.
Tratamento Farmacológico
Corticosteroides e anti-histamínicos
Em casos que os sintomas sejam mais intensos, é possível utilizar medicamentos como corticosteroides ou anti-histamínicos.
Anti-histamínicos são medicamentos especializados em combater a histamina, uma das principais substâncias envolvidas em uma reação alérgica.
A presença de histamina é um dos fatores que permite que a inflamação se desenvolva, além de ser responsável também por outros sintomas comuns de alergias, como lacrimejamento e coriza, e está envolvida também na ocorrência de anafilaxia.
Combatendo a interação da histamina com o corpo, o anti-histamínico é capaz de diminuir a inflamação e outros possíveis efeitos da reação alérgica. Por isso, são mais conhecidos como “antialérgicos”. Porém, também apresentam outros efeitos colaterais, como a indução de sono, portanto, devem ser tomados seguindo acompanhamento médico.
Além da diminuição da inflamação, o anti-histamínico se mostra muito efetivo em diminuir a coceira, sendo, portanto, uma ótima opção para os casos em que estiver muito intensa e os métodos usuais não estejam surtindo efeito.
Hidroxizina e difenidramina tendem a ser os mais usados para esse caso, de uso oral.
Corticosteroides são outros medicamentos que podem ser utilizados. Corticosteroide é o nome dado a alguns hormônios produzidos pelo corpo que são responsáveis por regular o sistema imunológico, a distribuição de nutrientes no corpo, entre outros.
A cortisona é o corticosteroide natural mais conhecido. É o hormônio do estresse, liberado nessas situações para incentivar o uso da energia armazenada pelo corpo, sendo também capaz de suprimir o sistema imunológico e ter ação anti-inflamatória.
Essa ação anti-inflamatória é o que permite que os corticosteroides sejam utilizados no tratamento para dermatite de contato, se mostrando muito efetivos para isso. Porém, o uso prolongado deles tende a causar efeitos colaterais nocivos a longo prazo. A própria cortisona, por exemplo, é capaz de fazer isso, sendo uma das principais responsáveis pelos danos ao organismo ocasionados pelo estresse intenso e prolongado.
Os corticosteroides de baixa potência como hidrocortisona 1% são indicados para áreas sensíveis como face e região anogenital. Já os de alta potência como betametasona 0,05% são reservados para placas espessas recalcitrantes em áreas como palmas, plantas e cotovelos.
Pomadas e cremes são mais indicados para áreas úmidas e com exsudato. Loções e géis têm melhor penetração em áreas pilosas. Oclusão com filme plástico potencializa a absorção.
No caso das dermatites, o corticosteroide mais utilizado é a hidrocortisona. Em casos de episódios mais intensos, é possível também utilizar corticosteroides mais fortes e de via oral.
Inibidores da Calcineurina
Os inibidores da calcineurina, tacrolimo e pimecrolimo, são medicamentos imunomoduladores desenvolvidos inicialmente para prevenir rejeição de órgãos transplantados. Posteriormente, descobriu-se seu potencial no manejo de doenças inflamatórias cutâneas como a dermatite atópica e dermatite de contato.
Eles agem bloqueando a calcineurina, uma enzima dependente de cálcio que ativa o fator nuclear de células T ativadas (NFAT). A ativação do NFAT leva à produção de citocinas pró-inflamatórias como interferon-gama, interleucina-2 e fator de necrose tumoral alfa. Portanto, os inibidores da calcineurina suprimem a inflamação cutânea por inibir a resposta imune celular.
A grande vantagem dos inibidores tópicos é o efeito localizado, com mínima absorção sistêmica. Isso permite sua utilização segura em áreas sensíveis como face, pescoço e regiões de dobras sem os efeitos colaterais dos corticoides tópicos como atrofia cutânea.
O tacrolimo está disponível nas formulações de pomada a 0,03% e 0,1% para adultos, e 0,03% para crianças acima de 2 anos. Já o pimecrolimo encontra-se na forma de creme a 1%. O início de ação é rápido, em cerca de 3-5 dias. A aplicação deve ser feita em fina camada sobre a lesão, duas vezes ao dia.
Os efeitos adversos mais comuns são sensação de queimação e prurido no local da aplicação. Raramente podem ocorrer infecções bacterianas ou fúngicas devido ao efeito imunossupressor local. Mas no geral são medicamentos bem tolerados que trazem grande benefício no controle da dermatite de contato recalcitrante.
Anti-Histamínicos
Os anti-histamínicos são medicamentos que antagonizam os efeitos da histamina, um importante mediador inflamatório liberado por mastócitos e basófilos durante as reações de hipersensibilidade.
Na dermatite de contato, a degranulação dessas células com liberação de histamina contribui para sintomas como prurido, eritema, edema e formação de vesículas. Os anti-histamínicos competem pelos receptores H1 da histamina, impedindo sua ligação e ação pró-inflamatória.
As principais classes usadas sistemicamente são:
- Anti-histamínicos de primeira geração: prometazina, difenidramina, clorfeniramina. Possuem sedativo intenso devido à passagem pela barreira hematoencefálica.
- Anti-histamínicos de segunda geração: loratadina, desloratadina, fexofenadina, cetirizina, levocetirizina. Menos sedativos, pois atuam preferencialmente nos receptores H1 periféricos.
A cetirizina e loratadina são os mais utilizados atualmente, na dose de 10mg ao dia. Podem ser necessários por 2-4 semanas junto com o tratamento tópico. É importante evitar o uso crônico, utilizando apenas durante as exacerbações.
Os anti-histamínicos são adjuvantes importantes para alívio do prurido severo e formação de vesículas/bolhas associadas à dermatite de contato. Porém não tratam a inflamação subjacente, devendo ser combinados com corticosteroides ou inibidores da calcineurina tópicos. O acompanhamento médico é essencial para orientar o uso seguro e eficaz.
Mais sobre a dermatite de contato
A dermatite de contato consiste em uma reação inflamatória por parte do corpo quando em contato com determinada substância irritante. Essa substância pode não ter causado irritação anteriormente, mas o contato prolongado com a mesma é capaz de ocasionar essa sensibilização da pele, resultando em reações em contatos posteriores.
Após a sensibilidade se desenvolver, ela se mantém pelo resto da vida. Não há atualmente tratamento para dermatite de contato efetivo para reverter isso. Tratamentos de exposição, envolvendo contato com pequenas quantidades da substância com aumento paulatino, não se mostraram efetivos para esse caso.
Como dito anteriormente, existem dois tipos principais de dermatite de contato: irritante e alérgica.
Dermatite de contato irritante
A dermatite irritante é fruto do contato prolongado com alguma substância forte e de alto potencial irritativo, devido à sua capacidade de provocar danos à pele. Esse é o tipo mais comum de dermatite de contato. Os sintomas costumam durar apenas um ou dois dias, apresentando mais dor do que coceira.
Dentre essas substâncias, destacam-se os produtos de limpeza, solventes (como o thinner e a acetona), ácidos, sabões e detergentes mais fortes que os usuais, algumas plantas (como a pimenta) e até alguns fluidos corporais (como a urina e a saliva).
As substâncias mais fortes são as mais propícias a causar essas reações, mas contato prolongado com versões mais leves (como no caso de sabões e detergentes) pode em alguns casos ser suficiente para isso.
Outros fatores estão envolvidos nessa questão, por isso, nem sempre esse contato prolongado provoca sensibilidade. O tempo seco e altas temperaturas tornam essa reação mais propícia, e pessoas muito jovens ou muito idosas também apresentam maior propensão a desenvolver a sensibilidade.
Em alguns casos, o contato com a substância só causa irritação caso haja exposição solar posteriormente. Nesse caso, usa-se o termo “dermatite fototóxica”. Esse tipo de dermatite pode ocorrer também após a ingestão de certas substâncias, e apenas as regiões que foram expostas ao sol apresentarão a irritação.
Dentre as substâncias que podem causar isso, encontram-se alguns antibióticos, diuréticos, remédios para hipertensão, analgésicos anti-inflamatórios (como ibuprofeno e Aspirina). Além disso, alguns perfumes, alcatrão de carvão e algumas plantas podem também ocasionar esse tipo de hipersensibilidade.
Alguns irritantes comuns que podem causar dermatite de contato irritativa incluem:
- Detergentes e sabões
- Solventes industriais
- Ácidos e bases fortes
- Alguns medicamentos tópicos
- Água (dermatite das mãos de contato úmido)
- Plantas (urticária)
Fatores que aumentam o risco de dermatite de contato irritativa incluem barreira cutânea comprometida, exposição ocupacional, atopia e dermatite atópica pré-existente. O tratamento envolve evitar irritantes adicionais, uso de emolientes para restaurar a barreira cutânea e, às vezes, corticosteroides tópicos para aliviar a inflamação.
Dermatite de contato alérgica
Algumas substâncias apresentam maior capacidade de induzir uma reação alérgica ao invés de uma irritação menos duradoura, como as substâncias descritas na seção anterior. Neste caso, porém, pode-se demorar até 4 dias para os sintomas se iniciarem após o contato, e os sintomas duram por mais alguns dias. Coceira intensa é o principal sintoma.
Representa uma reação de hipersensibilidade tardia mediada por células T helper 1. O antígeno é geralmente um hapteno lipofílico de baixo peso molecular, sendo que sensibilização prévia é frequentemente necessária. Mesmo pequenas quantidades podem desencadear uma reação em indivíduos sensibilizados. O diagnóstico é feito através de testes de contato.
Substâncias comuns envolvidas no processo de sensibilização incluem alguns metais, borrachas, conservantes, algumas plantas e alguns perfumes.
Alguns alérgenos comuns que causam dermatite de contato alérgica incluem:
- Metais como níquel, cromo e cobalto
- Fragâncias e conservantes em produtos de higiene pessoal e cosméticos
- Corantes para cabelo
- Borracha natural (látex)
- Antibióticos tópicos como neomicina
- Plantas como hera venenosa
Dentre os metais, destaca-se a importância do sulfato de níquel. Ele é um potencial alérgeno, mas está presente na maioria das joias, portanto, tende a estar em contato contínuo com a pele de muitas pessoas. Por isso, após certo tempo, é possível desenvolver alergia a essa substância, inviabilizando o uso da joia.
Alguns medicamentos também podem causar essa sensibilização, como cremes e pomadas, inclusive os medicamentos tópicos utilizados no tratamento para dermatite de contato alérgica. Por isso, é importante ter acompanhamento médico durante o tratamento para identificar possíveis novos causadores de alergia e adaptar o tratamento a essas mudanças.
Em alguns casos, as reações podem ocorrer apenas após exposição à luz solar, de forma semelhante à dermatite fototóxica. Neste caso, porém, é denominada “dermatite fotoalérgica”, e pode ocorrer devido ao contato com alguns perfumes, medicamentos antissépticos, analgésicos anti-inflamatórios e protetores solares.
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Diagnóstico
O processo diagnóstico pode ser lento, visto que é necessário encontrar o causador da reação. Estamos continuamente entrando em contato com diversas substâncias ao longo do dia, portanto, identificar qual delas é a responsável nem sempre é fácil.
Para dermatites irritantes comuns, isso acaba sendo um pouco mais fácil, visto que a dermatite surge quase imediatamente após o contato com a substância. Porém, os outros tipos, visto que podem demorar algumas horas ou até dias antes que os efeitos surjam, são menos intuitivos.
As dermatites iniciadas por exposição ao sol podem apresentar um processo diagnóstico especialmente complicado. Como a reação ocorre apenas após exposição solar, pode não ocorrer caso a pessoa se mantenha em casa, o que pode levá-la a descartar alguma possível substância.
Em alguns casos, pode-se utilizar o teste de contato para identificar a responsável com maior facilidade. O teste consiste em aplicar pequenas quantidades de substâncias irritantes e alergênicas na pele por 48 horas.
Após esse período, e durante os dias subsequentes, analisa-se a reação da pele à presença deles. As regiões onde surgir a dermatite indicam que a substância que estava presente nela é a responsável pela sensibilização.
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Conclusão
A dermatite de contato é uma condição adquirida, resultado da sensibilização da pele devido ao contato com alguma substância irritante. Fatores como idade e clima também afetam o desenvolvimento da condição. Não é, portanto, contagiosa.
Ela apresenta dois tipos principais, irritante e alérgica, que diferem quanto às substâncias que podem causá-la, a intensidade dos sintomas e a duração dos mesmos. Em alguns casos, a dermatite só se inicia após exposição posterior à luz solar (dermatite fototóxico e fotoalérgica).
Não apresenta cura. Após a primeira reação, contatos subsequentes com a mesma substância resultarão em também em reações desse mesmo tipo. O tratamento para dermatite de contato consiste em evitar contato com a substância e controlar os episódios da mesma com medicamentos ou soluções caseiras, a depender da intensidade dos sintomas.
Deve-se evitar coçar as erupções e procurar atendimento médico no caso de sintomas intensos ou do surgimento de complicações, como infecções bacterianas.
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Publicado originalmente em 07 de julho de 2022. Atualizado em 08 de setembro de 2023