Mais conhecidos como adoçantes, os edulcorantes são substâncias obtidas de forma natural ou artificial pela indústria de alimentos.
Dessa forma, possuem uma única função: adoçar alimentos e bebidas, sendo substitutos do açúcar. Os edulcorantes são usados para várias finalidades e em geral, são alternativas para reduzir os custos da produção.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório em que afirma que os estudos que envolvem o uso de edulcorantes para emagrecimento não estão totalmente esclarecidos.
Sendo assim, a organização aconselha a interrupção do uso de edulcorantes pela população saudável. Neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre os edulcorantes.
Por que a indústria utiliza edulcorantes nos alimentos
Os motivos que levam a indústria alimentícia usar edulcorantes no processo de fabricação de alimentos são vários. Contudo, os principais são:
- Reduzir os gastos com açúcar
- Tornar os produtos menos calóricos
- Possibilitar que diabéticos e pessoas com restrição alimentar possam consumi-los
Entretanto, não existem estudos conclusivos capazes de afirmar que todo edulcorante vai fazer mal.
Entretanto, a OMS é uma organização com alta relevância na área da saúde, o que deixa claro que as observações devem ser ao menos consideradas.
Principais tipos de edulcorantes
Aspartame
É obtido através de uma reação química entre a fenilalanina e o ácido aspártico. Tem um poder adoçante 200 vezes maior que o açúcar comum.
É uma substância branca quando sólida, não deixa um sabor amargo na boca e possui boa solubilidade quando em contato com a água.
No entanto, o aspartame só é usado em alimentos que não precisam ir ao fogo ou ser aquecidos.
De acordo com várias pesquisas atuais, o aspartame pode aumentar o risco de surgimento do câncer. Por essa razão, está no centro de uma polêmica, pois é um edulcorante usado de forma desenfreada pela indústria alimentícia.
Acesulfame-K
É um edulcorante artificial com poder adoçante de 200 a 300 vezes maior que o açúcar comum. O Acessulfame-K possui boa solubilidade ao entrar em contato com a água.
No entanto, é usado junto de outras substâncias pela indústria, pois tem um sabor amargo quando usado de forma isolada para adoçar.
Sacarina
A sacarina é obtida a partir de uma reação química entre o ácido acetoacético e ácido sulfúrico.
Tem um sabor residual amargo quando ingerida, mas apresenta uma boa estabilidade em contato com o calor.
Dessa forma, é um dos edulcorantes mais usados em alimentos e bebidas dietéticas hipocalóricas.
Stevia
A Stevia é um edulcorante natural extraído a partir de uma planta. Seu poder adoçante é 300 vezes maior que o açúcar comum.
Não apresenta uma boa solubilidade em contato com a água, mas é bem estável após ser aquecida.
Por muito tempo, a Stevia foi a primeira opção quando o assunto era adoçantes saudáveis. No entanto, esta informação não está tão segura, de acordo com os estudos atuais.
Xilitol
Este edulcorante é produzido de forma natural em algumas frutas, verduras e por alguns animais, mais em baixas quantidades.
Na indústria alimentícia, é produzido a partir da hidrogenação da xilose, um composto orgânico. Por conter álcool na fórmula, o xilitol é considerado um poliol.
O xilitol é um adoçante solúvel em água e possui uma estabilidade uniforme após ser submetido ao aquecimento.
Sucralose
A sucralose é um adoçante artificial produzido através de uma reação de cloração da sacarose. Dessa forma, tem um poder adoçante 600 vezes maior que o açúcar comum.
Além disso, é um dos edulcorantes que menos tem reclamações, já que adoça sem deixar gosto amargo na boca e tem um preço mais acessível.
Entretanto, assim como todos os edulcorantes, a sucralose pode não ser tão segura para a saúde, levando em consideração os estudos atuais.
Sorbitol
O sorbitol é um edulcorante natural encontrado em frutas, mas seu poder adoçante é menor que o açúcar comum.
Assim como o xilitol, é considerado um poliol por apresentar grupos funcionais de álcool na composição.
Tem uma cor esbranquiçada em temperatura ambiente, alta solubilidade na água e possui em torno de 4 calorias por grama.
Como é encontrado nas frutas, pode ser considerado o adoçante mais saudável atualmente, seguido do xilitol.
No entanto, tem as mesmas calorias que o açúcar comum, o que faz com esta seja uma troca sem sentido, levando em consideração um organismo saudável.
Benefícios dos edulcorantes
Embora estejam envolvidos no centro de uma polêmica, os edulcorantes podem trazer alguns benefícios para os seres humanos.
Eles são usados pela indústria farmacêutica para produzir medicamentos, estão presentes em algumas marcas de cremes dentais e podem reduzir a ação de fungos e bactérias de alguns alimentos.
Malefícios dos edulcorantes
O uso indiscriminado dos edulcorantes está relacionado ao aumento da incidência de alguns problemas de saúde.
Nesse sentido, a comunidade científica alerta que os edulcorantes quando usados em excesso podem causar:
- Doenças nos rins
- Câncer na bexiga
- Alzheimer
- Parkinson
- Reações alérgicas graves em algumas pessoas
- Câncer gastrointestinal
Afinal, é seguro usar edulcorante ou não?
Após conhecer os principais edulcorantes e considerar as orientações dos órgãos de saúde e da comunidade científica, é possível chegar a uma conclusão final sobre o uso dessas substâncias.
Nesse sentido, a recomendação é que os edulcorantes naturais e artificiais só devem ser usados por pessoas que precisam controlar doenças como o diabetes e por aquelas que precisam perder peso de forma urgente.
É importante que todos saibam que mesmo nessas condições, o uso de edulcorantes deve ser feito com moderação. Além disso, os edulcorantes naturais como sorbitol e xilitol devem ser a preferência nestes casos.
Com relação ao restante da população, a melhor opção é optar por substâncias in natura que tem poder de adoçar como o mel, açúcar demerara ou açúcar mascavo.
É fundamental aprender a consumir o mínimo de açúcar possível e priorizar a frutose das frutas, a lactose do leite e a galactose das verduras e legumes.
Em resumo, os edulcorantes não são a alternativa mais saudável para a saúde e mesmo entre aqueles que podem usá-los não existem estudos e conclusões relevantes que possam classificá-los como seguros ou inseguros. Na dúvida, prevenir é o melhor remédio.