Em repouso, o coração bombeia a menor quantidade de sangue para conseguir suprir o oxigênio que o corpo necessita. Em adultos saudáveis, a frequência cardíaca em repouso varia de 60 a 90 batimentos por minuto.
Durante a gravidez, a mulher passa por diversas mudanças físicas, mentais e emocionais. Para a mulher grávida, uma de suas preocupações pode ser o aumento na frequência cardíaca, ou seja, a sensação de que o seu coração está mais acelerado do que o habitual.
Geralmente, as palpitações cardíacas são inofensivas e acontecem devido a alterações cardiovasculares. Mas, em alguns casos, essa alteração aparentemente comum pode indicar um problema no coração ou em outras partes do corpo. Portanto, um aumento súbito dos batimentos cardíacos durante a gravidez não deve ser ignorado.
Pode acontecer da frequência cardíaca de uma gestante subir para acima de 100 bpm. Essa é uma ocorrência comum durante a gravidez chamada de taquicardia. O corpo, naturalmente, está trabalhando de forma constante para fornecer nutrição ao bebê que está em desenvolvimento.
À medida que a gravidez avança, a quantidade de sangue necessária para o bebê aumenta e o coração bate mais rápido para bombear mais sangue para o sistema.
É “normal” sentir o coração acelerado durante a gravidez, principalmente no terceiro trimestre, onde o bebê já está mais desenvolvido e precisa de maiores quantidades de oxigênio e nutrientes. O aumento da frequência cardíaca também pode estar associado a outros fatores, como emoções e ansiedade.
Causas que podem levar ao aumento da frequência cardíaca durante a gravidez
1. Ansiedade
Durante a gravidez, é comum que a futura mãe fique com os sentimentos mais aflorados e se preocupe com a saúde do bebê, além de pensar bastante no momento do parto. Se você geralmente fica preocupada ou tensa com facilidade, tome cuidado para isso não afetar a sua saúde. Ansiedade e estresse aumentam os batimentos cardíacos.
2. Mudanças no tamanho das mamas
Durante a gravidez, as glândulas mamárias preparam o corpo para a amamentação. Quando os tecidos mamários aumentam, o fluxo sanguíneo também irá aumentar, fazendo o coração bombear mais sangue do que o normal. Consequentemente, isso pode fazer com que o coração bata mais rápido.
3. Mudanças no tamanho do útero
Para ajudar a acomodar o bebê que está em desenvolvimento, o útero aumenta de tamanho. Como resultado, o coração bombeia mais sangue para sustentar o útero. No terceiro trimestre da gravidez, aproximadamente 20% do sangue será fornecido ao útero, exigindo trabalho extra do coração, o que só aumentará a pressão sobre ele.
4. Estilo de vida
O estilo de vida que a mulher leva durante a gravidez influencia bastante nos seus batimentos cardíacos. Fumar, beber álcool e consumir muitos alimentos processados ou bebidas com alto teor de cafeína pode aumentar a frequência cardíaca.
5. Alterações hormonais e nas taxas de nutrientes
As alterações hormonais e o ganho de peso podem aumentar a frequência cardíaca na gravidez, bem como complicações da tireoide ou queda nos níveis de ferro.
6. Uso de determinados medicamentos
O uso de certos medicamentos para alergias ou resfriados que contém pseudoefedrina em sua composição podem aumentar a frequência cardíaca durante a gravidez, indicando que o corpo não está reagindo bem a essas medicações.
7. Doenças graves de palpitações cardíacas
Durante a gravidez, o aumento dos batimentos cardíacos pode estar associado a doenças como: doença cardíaca coronária, danos cardíacos de uma gravidez anterior e até pré-eclâmpsia.
O aumento dos batimentos cardíacos pode afetar a gravidez?
Geralmente, o aumento da frequência cardíaca é sinal de uma gravidez saudável, indicando que o corpo está trabalhando duro para garantir que o bebê receba oxigênio e nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento.
Se o coração bate mais rápido, mas a mulher não está manifestando outros sintomas graves, isso não é motivo de preocupação, pois é uma resposta fisiológica normal do corpo.
Antes, as mulheres grávidas eram orientadas de que sua frequência cardíaca não deveria exceder 140 batimentos por minuto. Atualmente, não existe limite de frequência cardíaca para mulheres grávidas. No entanto, se você estiver grávida, evite esforço excessivo, mas não precisa necessariamente manter a sua frequência cardíaca abaixo de nenhum número específico.
O corpo passa por muitas alterações durante o período gestacional, mas sempre fique atenta a mudanças físicas que surgirem, inclusive durante a prática de exercícios. Converse com o seu ginecologista e obstetra sobre as suas preocupações.
Como tratar e prevenir palpitações cardíacas durante a gravidez?
Na maioria das vezes, as palpitações cardíacas sentidas na gravidez não exigem tratamento. Se elas não estiverem associadas a doenças cardíacas ou problemas de saúde, seu médico obstetra irá recomendar o seguinte:
- Beba bastante água: Durante a gravidez, é muito importante se manter bem hidratada. O corpo necessita de fluidos extras para ajudar a mãe e o bebê a se manterem saudáveis.
- Evite álcool e limite cafeína, alimentos açucarados e gordurosos: Beber álcool pode prejudicar o feto, aumentando o risco de palpitações cardíacas. Cafeína, açúcar e frituras também pioram as palpitações cardíacas, bem como alimentos ricos em sódio. Adote uma dieta balanceada e nutritiva, evitando alimentos prejudiciais para a sua saúde e do seu bebê.
- Tente técnicas de relaxamento: Use técnicas de relaxamento, respirando longa e profundamente pelo nariz e expirando pela boca. Meditação e ioga são ótimas técnicas que podem ajudar a reduzir o nível de estresse. Se necessário, faça tratamento para ansiedade e depressão, se as palpitações cardíacas estiverem associadas a essas condições.
Se as palpitações cardíacas estiverem associadas a problemas de saúde, o médico desenvolverá um plano de tratamento seguro para você e o feto. Converse regularmente com o seu médico obstetra para que ele possa monitorar de perto a sua saúde e o bem-estar do feto.