Espondilose cervical: O que é?
Espondilose Cervical é um desgaste natural entre as vértebras da coluna cervical, mais especificamente na região do pescoço.
Atualmente a saúde é um dos temas mais discutidos pela sociedade Seja a adoção de hábitos saudáveis ou a necessidade de estar em um ambiente que auxilie na promoção da saúde.
No trabalho, existem diversas regras que auxiliam na prevenção de acidentes de trabalho, inclusive os acidentes que são causados a longo prazo, como a má postura por conta de mobílias inadequadas para as características físicas individuais.
Praticar atividades físicas monitoradas por um profissional ou até mesmo fazer exercícios de fortalecimento, como o pilates, são medidas eficazes para o fortalecimento da musculatura local e consequentemente melhora na postura e nos desconfortos locais.
A espondilose cervical é também conhecida como “artrite de pescoço” se caracteriza por ser uma patologia que tende a piorar conforme a idade vai avançando, frequentemente os pacientes mais afetados estão na faixa dos cinquenta anos.
Existe também a espondilose dorsal (afetando coluna torácica) e espondilose lombar (que afeta a coluna lombar).
Causas
A espondilose cervical ou artrite de pescoço pode ser considerada um desgaste natural que tende a avançar com o passar dos anos, a espondilose cervical se dá entre as vértebras da coluna cervical, mais especificamente na região do pescoço.
Pacientes com sobrepeso, problemas posturais ou que façam movimentos repetitivos constantes também podem ter espondilose cervical antes mesmo de avançarem sua idade.
Fatores de risco
Idade | A espondilose cervical é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos. |
Sexo | Pode ser mais comum em homens do que em mulheres. |
Genética | Ter um histórico familiar de espondilose cervical pode aumentar seu risco. |
Ocupação | As pessoas que trabalham em profissões que exigem movimentos ou posturas frequentes, ou prolongados do pescoço podem ter um risco aumentado de desenvolver espondilose cervical. |
Lesão | Lesões anteriores no pescoço podem aumentar o risco de desenvolver espondilose cervical. |
Sintomas de espondilose cervical
Dor na nuca, dor no pescoço ao movimentá-lo, formigamento no local, dores de cabeça, dormência no local ou nas mãos, estalos, espasmos musculares, dores nas pernas e dificuldades para movimentar braços e pernas.
Sintomas de espondilose cervical |
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Dor e rigidez no pescoço |
Dores de cabeça |
Dor ou dormência nos ombros, braços ou mãos |
Perda de equilíbrio ou coordenação |
Fraqueza nos braços ou pernas |
Habilidades motoras finas prejudicadas |
Sensações de formigamento ou queimação |
Dificuldade de concentração |
Fadiga |
Tontura |
Pacientes com sobrepeso, problemas posturais ou que façam movimentos repetitivos constantes também podem ter espondilose cervical antes mesmo de avançarem sua idade.
Quando a espondilose cervical já está em um nível mais avançado, o incômodo passa a ter uma intensidade que pode alcançar outros locais, como os ombros, as costas e até mesmo as pernas.
Alguns pacientes apresentam uma compressão dos nervos por parte dos ossos da coluna, onde os nervos são afetados por pequenas compressões, tendendo a ocasionar formigamento e fraqueza nos braços e até mesmo nas pernas.
Sendo um fator de risco para pacientes que desenvolvem atividades de alto risco, como operar máquinas e até mesmo dirigir, por isso é importante que se observem todos os sintomas.
Por outro lado, alguns pacientes não apresentam sintomas e sentem apenas um desconforto na região da nuca, principalmente quando ficam em pé, tentam ficar com a postura ereta ou fazem atividade físicas que envolvam os exercícios dos membros superiores.
Diagnóstico
O diagnóstico se dá por meio de uma análise do clínico geral ou do ortopedista sobre o histórico familiar do paciente. No consultório são feitos alguns exames físicos para analisar os movimentos do paciente, do pescoço, dos bracos e das pernas.
Para confirmar o diagnóstico são solicitados exames de imagem, como o raio-X e a tomografia computadorizada.
Alguns profissionais podem solicitar ressonância magnética para verificar não apenas os ossos e os tecidos moles, mas as cartilagens.
Espondilose cervical pode ser grave?
Como a maioria das doenças, se não forem tomadas medidas à longo prazo o paciente pode ter danos irreparáveis.
Quando a medula espinhal é comprimida, isso faz com que o paciente perca força, coordenação motora e até mesmo equilíbrio.
Quando alguns pacientes relatam problemas de equilíbrio, alguns profissionais tendem a pensar em uma patologia chamada labirintite, que é a inflamação do labirinto auricular, a qual causa no paciente, tonturas e dificuldades em se equilibrar.
Portanto é necessário que se faça uma análise completa dos sintomas que o paciente relata e, caso necessário, fazer todos os exames confirmatórios do diagnóstico de esṕondilose cervical.
Pessoas também relatam alterações na micção, sendo uma certa urgência para eliminar a urina ou até mesmo a incontinência agravada, onde o paciente não consegue controlar a eliminação da mesma, fazendo indispensável o acompanhamento com o médico ortopedista para que se defina qual a melhor maneira de lidar com o processo.
Tratamento
No que diz respeito ao tratamento, em um primeiro momento o médico pode prescrever medicamentos analgésicos (como dipirona, paracetamol e ibuprofeno), anti inflamatórios (diclofenaco) ou relaxantes musculares (ciclobenzaprina) para aliviar a dor e a sensação de endurecimento do pescoço.
Tratamento não farmacológico
Opções iniciais incluem:
- Exercícios: o exercício regular pode ajudar a fortalecer os músculos do pescoço e melhorar a flexibilidade.
- Fisioterapia: terapias como massagem, terapia de calor e alongamento podem ajudar a reduzir a dor e melhorar a amplitude de movimento. Alongamento e fortalecimento são necessárias para a reabilitação, tanto na fase subaguda como para casos crônicos e recorrentes.
- Postura: manter uma boa postura pode ajudar a reduzir a tensão no pescoço e na coluna. Orientações posturais no trabalho, nas atividades diárias e no sono podem ajudar a reduzir compressão muscular e rigidez, que podem sobrecarregar as facetas articulares.
- Ergonomia: ajustar sua mesa de trabalho e cadeiras para melhor apoiar seu corpo pode ajudar a reduzir a tensão no pescoço e na coluna. Postura estática adequada é essencial para tratamento a médio prazo e prevenção.
- Técnicas de relaxamento: Técnicas de relaxamento, como ioga e meditação, podem ajudar a reduzir o estresse e a tensão no pescoço e na coluna.
Porém o mais indicado é iniciar procedimentos como: acupuntura, fisioterapia e até mesmo pilates, para fortalecer a musculatura da região e alongar os músculos.
Tratamento farmacológico (alívio de dor)
Droga | Classe Farmacológica | Dosagem |
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Aspirina | Anti-inflamatório não esteroide (AINE) | 1-3g/dia |
Ibuprofeno | AINE | 400-800mg/dia |
Cetoprofeno | AINE | Até 300mg/dia |
Naproxeno | AINE | 250-500mg/dia |
Paracetamol | Analgésico | 325-1000mg/dia |
Dipirona | Analgésico | 1g-4g/dia |
Codeína | Opioide | 30-60mg/dia |
Morfina | Opioide | 10-20mg/dia |
Oxicodona | Opioide | 10-20mg/dia |
Tramadol | Opioide | 50-100mg/dia |
Amitriptilina | Antidepressivo tricíclico | 25-50mg/dia |
Gabapentina | Anticonvulsivante | 200-2400mg/dia |
Pregabalina | Anticonvulsivante | 75-300mg/dia |
Carisoprodol | Relaxante Muscular | 250-350mg/dia |
Ciclobenzaprina | Relaxante Muscular | 5-10mg/dia |
Clorzoxazona | Relaxante Muscular | 250-750mg/dia |
Cirurgia é necessária?
Em alguns casos pode ser recomendada cirurgia para serem feitas correções nas coluna do paciente.
Suplementos podem ajudar?
Pacientes com problemas nos ossos, com problemas de calcificação ou falta de cálcio, deficiência de vitamina D, obesos ou que façam atividades repetitivas em seu dia a dia devem iniciar o processo preventivo antes da terceira idade para que os danos não sejam tão comprometedores.
Existem diversas vitaminas disponíveis no mercado, além de dietas baseadas no perfil individual. Prevenir é sempre a melhor maneira de cuidar da saúde.